Blog dos sequelados para postagem de idéias e impressões a respeito de praticamente tudo
Blog dos sequelados para postagem de idéias e impressões a respeito de:
- cinema, da Nouvelle Vague e Western Spaguetti ao Cine Trash;
- música, do Death Metal passando por Blues, Bezerra da Silva, chegando em Mano Lima;
- literatura, do papo cabeça à série Crepúsculo;
- televisão, do lost à novela das oito;
- futebol, de salão, de botão, 7, society e playstation.
enfim, TODO e QUALQUER assunto (mesmo).
Lançado em 11 de outubro de 1994 pela Alternative Tentacles, Sibling Rivalry – In A Family Way apresenta Joey Ramone nos vocais e seu irmão Mickey Leigh na guitarra em três canções, todas incluídas mais tarde no lançamento não oficial Unreleased Tracks de 1996:
On the Beach foi extraída do EP de mesmo nome dos Rattlers de 1979 e é de autoria de Mickey. A produção é de Ed Stasium que fez a gravação no Electric Lady (por onde passaram Richard Hell and the Voidoids para gravação de Blank Generation).
Nos últimos tempos as camisetas dos Ramones são tema de uma grande polêmica a exemplo do que acontece com outras bandas que caíram na graça do grande público.
Fãs mais fervorosos não escondem a insatisfação ao perceber que um sem número de desavisados passaram a usar roupas com a ‘marca’ Ramones – muitas vezes sem saber sequer que se trata de uma banda.
Na contramão desta corrente, alguns colecionadores se empenham em manter vivo o legado da banda. Com honras, destacam-se dois fãs italianos responsáveis pelo livro Ramones Sniffing Poster.
A idéia executada com maestria compila posters do quarteto punk ao longo da carreira. Cartazes promocionais de shows, discos e filmes são apresentados em impressão de alta qualidade em uma seleção invejável.
Revistas e pôsters brasileiros também fazem parte da compilação lançada em 8 de outubro de 2013 – aniversário de CJ e Johnny Ramone e data que marcou também o lançamento do primeiro álbum solo de Richie Ramone. Espressione Editore, 320 páginas, em italiano e inglês.
A parceria entre George DuBose e os Ramones começou quando ele fez as fotos para capa de Subterranean Jungle (1983) e depois disto, suas fotos foram usadas em praticamente todos os discos seguintes da banda – incluindo alguns álbuns solo dos ex-integrantes.
Todo este trabalho foi retratado no livro I Speak Music Ramones, publicado originalmente em 2008 e em 2013 lançado em português mas ainda sem distribuição no Brasil (Eu Falo Música, que teve colaboração de dois fãs brasileiros: Leo Drumond e Cristiano Viteck).
No livro ele narra como aconteceu cada sessão de foto e várias curiosidades como a inspiração para capa de Too Tough to Die e Animal Boy e o motivo pelo qual Johnny Ramone gostava de trabalhar com ele.
Acid Eaters, rara exceção em que suas fotos não foram requisitadas, teve muitas fotos de divulgação a cargo dele.
Mas nem só de Ramones se resume o trabalho deste grande artista. No currículo, trabalhos com bandas como REM, B-52’s, Tom Waits, Afrika Bambatta e muitos artistas ligados ao Hip Hop.
A seguir você confere uma entrevista com o fotógrafo que hoje vive na Alemanha e é responsável por algumas das fotos mais emblemáticas da história da música:
Sequela Coletiva: Como a fotografia entrou na sua vida? George DuBose: Eu gostava das aulas de artes no colégio e na faculdade, mas eu não tinha paciência para desenhar e nunca consegui desenhar com realismo. Percebi que tinha a habilidade para “ver” coisas que pareciam legais e poderia fotografá-las.
Também aprendi que podia tirar fotos em que as pessoas pareciam bem para elas mesmas. Vi uma exposição fotográfica de um fotógrafo do exército no Vietnã e as fotos de baixas de guerra eram aterrorizantes. Soube, naquele momento, que não iria querer fazer aquele tipo de fotos. Eu queria tirar fotos mostrando o melhor das pessoas.
SC: Como você começou a trabalhar com os Ramones? GD: Conheci Tony Wright, diretor de arte da Island Records, quando ele quis ver as fotos que eu tirei, por conta própria, da B-52’s. Ele usou uma das minhas fotos para capa do primeiro álbum deles. Mais tarde, o empresário dos Ramones, que também empresariava a B-52’s naquele tempo, pediu a Tony para fazer a capa para Subterranean Jungle. Tony me contratou para fazer as fotos. Um ano mais tarde, Johnny me chamou e perguntou se eu gostaria de fazer as fotos para Too Tough To Die, mas ele não havia gostado do que Tony fez em Subterranean Jungle. Eu disse para Johnny que bastava dizer a Tony o que fazer e ele faria.
Eu devia um favor a Tony e o mantive trabalhando com os Ramones até Halfway to Sanity. Fiz aquela capa sem ele. Johnny me chamou para todas as sessões de fotos depois disso.
SC: Como funcionava a dinâmica das sessões e como era definido o que se tornaria capa dos discos? GD: A ideia para a capa do disco era definida antes da sessão. Depois da sessão e de receber os filmes de volta do laboratório, eu escolheria uma dúzia de imagens, imprimiria miniaturas e mostraria a Johnny e Joey. Então eles fariam a escolha final. Às vezes, eles apenas me diziam para escolher. Halfway to Sanity foi assim. Escolhi a melhor foto, mas a maioria das tomadas ficou boa.
SC: Os empresários da banda exerciam alguma influência no que virava capa? GD: Na verdade, não. Às vezes, Gary Kurfirst, o empresário, queria usar uma pintura na capa, como em Acid Eaters ou Adios Amigos, mas acho que era para ele poder ficar com os quadros depois que fossem usados como capa dos discos.
Kurfirst nunca me disse nada a respeito das capas, exceto uma vez, quando me disse que capas melhores venderiam mais discos. Podia tê-lo fotografado.
SC: Qual foi o seu trabalho mais difícil? GD: É Fácil. Michael Monroe and Demolition 23 (nota: Michael Monroe, co-fundador da banda finlandesa Hanoi Rocks). Michael era meu vizinho de prédio e um dia ele me viu com uma pilha de discos dos Ramones. Ele me perguntou sobre eles, e eu disse que era fotógrafo e designer. Ele me pediu para trabalhar em seu próximo disco para o Japão. Levou dois meses e foi o projeto mais difícil em que trabalhei, exceto por “…Ya Know” do Joey.
SC: O que diferenciava os Ramones de outros músicos, como REM, Tom Waits ou Afrika Bambatta, com quem também trabalhou? GD: Os Ramones tinham que trabalhar muito para vender seus discos. Excursionando sem parar. Waits, REM e Bambaataa venderam muito mais discos. Acho que a reputação inicial dos Ramones e músicas sobre cheirar cola desencorajaram muitas pessoas a ouvirem as outras músicas deles.
SC: Qual a sua capa preferida? Por quê? GD: Dos Ramones, Too Tough to Die. Minha foto favorita dos Ramones é a do cogumelo, que deveria ter sido a capa do Acid Eaters.
SC: Desde 1983, Acid Eaters é o único disco de estúdio sem músicas próprias e sem fotos suas. Alguma relação? GD: Não sei mesmo por que isso aconteceu, mas consegui fazer fotos bacanas para a publicidade de Acid Eaters. Gosto de fazer Pop Art ou fotos psicodélicas. Fiz isso por anos e a história completa está em meu livro.
SC: Você tem um livro que relata sua história com os Ramones. Conte-nos sobre o projeto de lançá-lo em português: GD: Eu sabia que os Ramones tinham uma grande quantidade de fãs no Brasil. Leo Drumond e eu estávamos em contato e ele ofereceu a tradução do livro para o Português.
SC: Algum projeto de lançar ou exibir outras fotos além das contidas no livro? GD: Metade da minha carreira foi fazendo capas de discos para pioneiros do Hip Hop e, sabendo que o Hip Hop não iria durar para sempre, decidi lançar os livros sobre Hip Hop antes de lançar os livros de Rock n’ Roll. Eu tenho mais um livro de Hip Hop sobre artistas do Hip Hop europeu. Em seguida, iniciarei a série de rock, começando com o B-52’s.
SC: Clem Burke durou apenas dois shows. No entanto, você conseguiu clicá-lo como um Ramone. O que pode nos dizer sobre isso? GD: Quando Clem apareceu para a primeira foto publicitária, ele estava vestindo uma camiseta com a logo da Chanel. Eu sabia que ele não iria durar. Também não achei que “Elvis” Ramone fosse um bom nome.
Foto promocional com Elvis Ramone (1987)
SC: Qual impacto da morte de três dos membros originais? GD: Fico triste quando morre qualquer pessoa que conheço. Johnny e Joey tiveram câncer, o que é trágico. Dee Dee morreu de uma overdose, e isso é estúpido. Joey e eu éramos mais próximos, e sua morte me deixou mais triste. Além disso, Joey continuava gravando e ajudando outras bandas. Johnny simplesmente se aposentou.
SC: Qual sua relação com os outros Ramones (Marky, CJ, Tommy e Richie)? GD: Marky e eu nos falamos vez ou outra. Vejo seus shows quando ele vem para a Europa. Não tenho contato com CJ. Ele deixava o resto da banda falar. Nunca encontrei com Tommy. Richie escreveu ótimas músicas e só queria sua fatia na divisão do dinheiro das camisetas, uma vez que seu nome estava impresso nelas. Acho que Johnny cometeu um grande erro quando negou a Richie sua cota.
SC: Na sua opinião, por que os Ramones se separaram? GD: Bem, Johnny e Joey com certeza tinham dinheiro o bastante. Fizeram uma fortuna com as vendas de camisetas licenciadas. Acho que Johnny estava irritado porque várias bandas que tiveram o caminho preparado pelos Ramones alcançaram um sucesso maior do que os Ramones jamais tiveram. Creio que Johnny pensou que 20 anos eram o bastante. É preciso tempo para gastar o dinheiro que trabalhou tão duro para ganhar.
SC: Parece que o sucesso veio depois da banda se separar. Você concorda? Por quê? GD: Os Ramones se tornaram uma das bandas de rock mais conhecidas do mundo. A mensagem que eles transmitiram através de sua música tocou vários jovens e essas músicas continuam afetando a vida dos jovens hoje.
A camiseta com a logo dos Ramones é provavelmente a camiseta mais popular do mundo. Acho que a dos Misfits é a segunda mais famosa.
Recentemente, vi uma reportagem da CNN em que um jovem no Brasil roubou pessoas num ônibus e estuprou uma mulher. Ele não sabia que havia uma câmera de vídeo próxima ao motorista e todo crime foi filmado. O cara estava vestindo uma camiseta dos Ramones…
SC: Como foi ser tão próximo de um dos maiores nomes do Rock n’ Roll de todos os tempos? GD: Não sou influenciado pela reputação das pessoas. Sou influenciado pelo modo com que essas pessoas famosas reagem às pessoas que encontram. Tenho várias histórias sobre superstars bacanas e outros nem tanto, mas essas histórias dariam outro livro.
SC: Hoje em dia você vive na Alemanha. Continua trabalhando como fotógrafo? Como passa seu tempo? GD: A maioria dos alemães que sabem da minha história acha que sou caro demais para trabalhar com eles. Hoje, as gravadoras fazem os artistas trazerem discos e capas prontas. Com câmeras digitais e um computador, qualquer babuíno pode desenhar uma capa.
Se a capa ajudará a vender ou refletir a música da banda, é outra história.
SC: Para encerrar, que legado os Ramones deixaram? GD: Os Ramones mostraram ao mundo que música não é sempre uma questão de virtuosidade. Força e emoção são as coisas mais importantes que a música pode transmitir. Ao menos no Rock n’ Roll.
O Sequela Coletiva sempre nos surpreendendo com suas entrevistas. Legal saber como é a visão de alguém de fora da banda, mas que estava sempre ao redor dela.
Los Ramones, Demasiado duros para morir é uma obra ímpar dedicada aos Ramones e escrita pelo jornalista argentino Marcelo Gobello que tem em seu currículo biografias dos Doors, The Animals, Yardbirds e The Who.
Começando pela biografia de cada um dos integrantes e chegando até o final dos 22 anos de carreira juntos, Gobello vai além. Com uma seleção de fotos incrível e um resumo de cada disco ao final de livro, ele acrescenta muito aos leitores – pena ter sido editado apenas na Espanha.
A cereja do bolo são as muitas entrevistas que ele fez, inclusive sendo recebido por integrantes em suas casas em Nova Iorque, e que fazem deste mais do que apenas outra biografia do quarteto. Lenoir Libros, 176 páginas, em espanhol.
Até o começo dos anos 2000, logo após os Ramones se separarem eram raras as publicações que davam valor ao quarteto. A grosso modo tínhamos An American Band (1993) de Jim Bessman e Mate-me por Favor (1997) de Legs Mcneil e Gilliam McCain.
Dalí em diante surgiram muitos livros (alguns escritos por jornalistas, outros tantos por fãs da banda) trazendo histórias, polêmicas e de quebra, o documentário End of the Century (2003) facilitou a vida de quem queria conhecer um pouco mais dos 22 anos de carreira da banda sem necessariamente mergulhar na literatura.
Este livro tardio de Brian J. Bowe empresta citações de ambos além de aproveitar a biografia de Dee Dee e os livros de Everett True (Hey Ho Let’s Go) e Monte Melnick (On the Road with The Ramones). É um guia para não iniciados, quem já teve contato com as demais obras vai achá-lo repetitivo e resumido demais.
O título de ‘uma biografia não autorizada’ atrai somente os mais alarmistas, mas nada de revelações bombásticas ou análises profundas. Lançado no primeiro dia de setembro de 2010, The Ramones American Punk Rock Band é um bom resumo para quem ter um primeiro contato. Enslow Publishers, 128 páginas, em inglês.
Do começo em 1974 (ainda como um trio) até a separação em 1996 (restando apenas Joey e Johnny da formação original) a carreira dos Ramones durou 22 anos.
Nestas mais de duas décadas algumas coisas pouco mudaram no staff que cercava o quarteto: Monte Melnick era o gerente de turnê, Arturo Vega o diretor artístico, Tommy Ramone e Ed Stasium os produtores preferidos ficando a frente de diversos discos da banda.
Se tem outra pessoa que tem lugar merecido nesta lista é George DuBose. Exceção feita a All the Stuff (and more) volumes One e Two (1990) e Acid Eaters (1993) pense em um disco entre Subterranean Jungle (1983) e ¡Adios Amigos! (1995) e certamente terá o clic da câmera de DuBose.
No livro I Speak Music Ramones lançado em 3 de janeiro de 2008 o fotógrafo desnuda a produção por trás da capa de cada disco. Do curioso posicionamento dos integrantes em Subterranean Jungle passando pela inspiração para Too Tough to Die (1984) e Ramones Mania (1988).
É verdade que as capas de Brain Drain (1989) e ¡Adios Amigos! não são dele, mas em compensação o autointitulado fotógrafo oficial dos Ramones ficou com a contracapa e os encartes – aliás, caprichados para Mondo Bizarro (1992).
Em seu portfólio, além dos punks de Nova Iorque, foram clicadas mais de 300 capas de discos para, entre outros, R.E.M., Tom Waits e Afrika Bambaataa. Hoje vivendo na Alemanha, ele acaba de lançar a versão em português deste livro que é item obrigatório não só para os fãs dos Ramones mas para interessados em música e, claro, fotografia.
De bônus, além de versões alternativas para fotos que ficaram famosas como capa, muitas imagens usadas na divulgação dos já citados discos enriquecem a obra. Wonderland Publishing, 104 páginas, em inglês.
Too Tough to Die é para muitos o ponto alto na fase hardcore dos Ramones. Apesar de conter a única música instrumental da carreira deles (Durango 95 – nome inspirado no filme Laranja Mecânica) o disco é o extremo oposto se comparado a End of the Century de 1980.
Foi a primeira participação de Richie Ramone em estúdio no Media Sound. Ele não só contribuiu para a pegada mais agressiva do disco como nos backing vocals, antes a cargo apenas de Dee Dee.
Já Super Too Tough To Die é um registro com as demos que deram origem ao disco lançado em 1984 e que tivera produção do ex-baterista Tommy Ramone.
São versões alternativas para músicas cantadas por Joey Ramone e que aqui ganham a voz de Dee Dee e Richie – inclusive Humankind, composição dele.
Ficha Técnica:
Sire Records/Warner Music/Rhino Records – produzido por Tommy Ramone e Ed Stasium
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Richie Ramone – bateria, backing vocal
01 – Elevators Operators [Richie Ramone]
02 – I’m Not Afraid Of Life
03 – Too Tough To Die [Dee Dee vocal version]
04 – Durango 95
05 – Wart Hog
06 – Danger Zone [Dee Dee vocal version]
07 – Chasing The Night [Richie Ramone]
08 – Howling At The Moon (Sha-La-La) [DEMO]
09 – Daytime Dilemma (Dangers Of Love) [DEMO]
10 – Planet Earth 1988 [Dee Dee vocal version]
11 – Humankind [Richie Ramone]
12 – Endless Vacation [DEMO]
13 – No Go
14 – Smash You [Richie Ramone]
6 anos depois, mas respondendo… não existe físico! Foi uma brincadeira do antigo blog RamonesON em fazer uma versão alternativa do TTTD só com as Demos/Outtakes.
Já o autor, Dick Porter, é responsável por biografias de The Cramps, White Stripes, Blondie e New York Dolls além do livro Rapcore, um apanhado da cena numetal do começo do século.
Em Ramones: the complete twisted history, Porter não chega a inovar em relação às já citadas biografias do quarteto punk. No entanto, faz um relato conciso e cronologicamente bem estruturado explorando bem os discos da banda para contar esta história.
Apesar de alguns erros que poderiam ser facilmente evitados na revisão (como citar o último show em 1997 ao invés de 1996 ou atrazar o lançamento de Mondo Bizarro e Acid Eaters em um ano) a escolha de fotos menos óbvias é sempre um diferencial neste tipo de publicação, deixando as imagens mais clichês para o google. Plexus Publishing, 192 páginas, em inglês.
Se os três mosqueteiros eram, na verdade, quatro os Ramones na realidade eram cinco. Se ao longo dos 22 anos de carreira existiram mudanças de empresário, baixista e, em maior número, baterista uma das posições que permaneceram inalteradas até a separação da banda em 1996 foi a do gerente de turnê e fiel escudeiro Monte Melnick.
Monte foi o responsável não só por dirigir a agenda da banda ao longo da carreira como literalmente dirigia a van que os conduzia em sua turnê nonstop que durou mais de duas décadas e 2263 shows.
Amigo de longa data de Tommy Ramone que seria o baterista nos três primeiros álbuns (Ramones – 1976; Leave Home e Rocket to Russia – 1977) Monte reúne aqui não só suas memórias como boa parte da família ramone.
A lista é longa e não é pra menos. Dos tantos livros já lançados, On the Road with the Ramones, examina como poucos as entranhas desta banda tão avessa aos estrelismos típicos dos rockstars e tão fiel a seu estilo próprio mantendo sua identidade imutável do começo ao fim.
Graficamente a publicação (já na segunda edição) também se diferencia das demais. A ilustração da capa é de John Holmstron, responsável pela arte da capa de Road to Ruin e na contracapa de Rocket to Russia. A reprodução de inúmeras fotos de bastidor até então inéditas, flyers e credenciais de diversos shows e os esquemas de palco e exigências de hotel e camarim dão um panorama interessante de como era ser um ramone.
Nada mais justo que no final do livro Monte ainda listasse as datas de todos os shows feitos de 1974 a 1996. O prefácio é do próprio Tommy Ramone, único integrante original ainda vivo. Bobcat Books, 312 páginas, em inglês.
Disco duplo lançado em 15 de outubro de 2002 com músicas escolhidas por Johnny Ramone. A seleção de Johnny ficou restrista aos discos da banda até metade dos anos 1980 – exceção para I Believe in Miracles (Brain Drain), Main Man, Strength to Endure (ambas do Mondo Bizarro) e The Crusher (¡Adios Amigos!). O álbum de covers (Acid Eaters) ficou de fora do pacote.
No segundo CD o bônus fica por conta de oito músicas extraídas de uma apresentação do quarteto em Londres em 25 de fevereiro de 1985. Este é o único registro oficial, mesmo que parcial, de Richie na bateria apesar de ele ter sido excluído até mesmo da foto que ilustra o CD.
Já no bootleg Return to London lançado ainda em LP, ele aparece na foto da contracapa tirada neste mesmo show. O bolachão inclui ainda um número de músicas bem mais generoso que o CD oficial.
Ficha Técnica:
Sire Records/Rhino Records – produzido por Bill Inglot, Gary Stewart, Tony Bongiovi, Graham Gouldman, Jean Beauvoir, Craig Leon, Glen Kolotkin, Phil Spector, Tommy Ramone, Ritchie Cordell, Daniel Rey, Bill Laswell, Ed Stasium e The Ramones
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone/ CJ Ramone – baixo, backing vocal
Tommy Ramone/ Marky Ramone/ Richie Ramone – bateria
Tracklist:
01. “Blitzkrieg Bop” – 2:11 (Ramones)
02. “Beat on the Brat” – 2:31 (Joey Ramone)
03. “Judy Is a Punk” – 1:31 (Joey R.)
04. “Gimme Gimme Shock Treatment” – 1:40
05. “Commando” – 1:51
06. “Glad to See You Go” – 2:10 (Dee Dee R. / Joey R.)
07. “Pinhead” – 2:42 (Dee Dee R.)
08. “Rockaway Beach” – 2:06 (Dee Dee R.)
09. “We’re a Happy Family” – 2:39
10. “Sheena Is a Punk Rocker” – 2:48 (Joey R.)
11. “Teenage Lobotomy” – 2:01
12. “I Wanna Be Sedated” – 2:29 (Joey R.)
13. “I’m Against It” – 2:06
14. “I Wanted Everything” – 3:13 (Dee Dee R.)
15. “I Just Want to Have Something to Do” – 2:41 (Joey R.)
16. “Rock ‘n’ Roll High School” – 2:17 (Joey R.)
17. “Do You Remember Rock ‘n’ Roll Radio?” – 3:49 (Joey R.)
18. “The KKK Took My Baby Away” – 2:29 (Joey R.)
19. “Psycho Therapy” – 2:35 (Dee Dee Ramone / Johnny Ramone)
20. “Outsider” – 2:09 (Dee Dee R.)
21. “Highest Trails Above” – 2:09 (Dee Dee R.)
22. “Wart Hog” – 1:54 (Dee Dee R. / Johnny R.)
23. “Mama’s Boy” – 2:10 (Dee Dee R. / Johnny R. / Tommy R.)
24. “Somebody Put Something in My Drink” – 3:19 (Richie Ramone)
25. “I Wanna Live” – 2:36 (Dee Dee R. / Daniel Rey)
26. “Garden of Serenity” – 2:26 (Dee Dee R. / D. Rey)
27. “I Believe in Miracles” – 3:18 (Dee Dee R. / D. Rey)
28. “Main Man” – 3:26 (Dee Dee R. / D. Rey)
29. “Strength to Endure” – 2:59 (Dee Dee R. / D. Rey)
30. “The Crusher” – 2:26 (Dee Dee R. / D. Rey)
CD Bônus:
Gravado ao vivo em 25 de fevereiro de 1985 no Lyceum Theatre em Londres
01. “Do You Remember Rock ‘n’ Roll Radio?” – 3:16 (Joey Ramone)
02. “Psycho Therapy” – 2:04 (Dee Dee Ramone / Johnny Ramone)
03. “Suzy Is a Headbanger” – 1:37
04. “Too Tough to Die” – 2:09 (Dee Dee R.)
05. “Smash You” – 2:17 (Richie Ramone)
06. “Chinese Rock” – 1:59 (Dee Dee R. / Richard Hell)
07. “Howling at the Moon (Sha–La–La)” – 2:57 (Dee Dee R.)
08. “I Don’t Wanna Go Down to the Basement” – 1:50 (Dee Dee R. / Johnny R.)
Lançado em 18 de julho de 1995, ¡Adios Amigos! é o décimo quarto disco de estúdio dos Ramones e encerra de vez a carreira da banda que se dedicaria nos meses seguintes a turnê de despedida. Há algum tempo havia a especulação de que o próximo álbum de estúdio dos Ramones seria o último de sua carreira e de fato foi o que aconteceu com Joey enfrentando um câncer e Johnny aguardando ansiosamente pela aposentadoria.
Para evitar tornar-se uma paródia de si mesmos, o melhor caminho foi uma saída honrosa, enquanto ainda havia esta opção. Os últimos anos não haviam sido os mais inspirados embora a América do Sul os tivesse acolhido de braços abertos e lhes ‘dado’ um disco de ouro. Artisticamente a banda vinha pecando muito nos últimos álbuns e mesmo premiado, Mondo Bizarro deixava claro onde os pontos fracos da banda residiam.
Joey já não cantava mais em todas as faixas e nas turnês, se ausentava com frequência do palco o que comprometia o resultado das apresentações e limitava a quantidade de shows que chegaram a se repetir 150 vezes por ano e nesta época foram reduzidos em quase um terço.
Para este registro, infelizmente, repetiu-se a fórmula remendada dos dois últimos discos. Se Acid Eaters era um disco inteiro de covers e Mondo Bizarro precisara da ajuda providencial de Dee Dee para ver a luz do dia, agora, o resultado seria quase um segundo disco de covers.
Considere que metade das músicas são de Dee Dee (incluindo The Crusher que ele gravara como o rapper Dee Dee King e Makin’ Monsters For My Friends com a banda I.C.L.C.) além de I Don’t Want To Grow Up (de Tom Waits) e I Love You (de Johnny Thunders).
Joey comparece apenas com Life’s a Gas e She Talks to Rainbows – mesmo número de canções que, acredite, CJ entrega. Muito pouco para quem foi responsável por até sete canções de uma só vez (em Leave Home e Rocket to Russia, ambos de 1977 e Pleasant Dreams de 1981). É o disco com o menor número de músicas creditadas a Joey na história da banda e tem ainda Marky fechando a tampa do caixão com Have a Nice Day.
George DuBose, responsável pela cara dos últimos discos desta vez ficou com as fotos promocionais. Junto da despedida em espanhol (referência aos fãs da América Latina) foi utilizada uma arte alterada digitalmente de Mark Kostabi – o mesmo da capa dos dois álbuns Use Your Illusion do Guns n’ Roses.
I Don’t Want To Grow Up alcançou a 30ª posição na parada da Billboard e Born To Die In Berlin tinha a participação de Dee Dee gravada por telefone. A versão americana ainda incluiria Spiderman e a japonesa reservava R.A.M.O.N.E.S., cover da música que o Motörhead fez homenageando o quarteto.
O disco de despedida ao menos garantiu a saída pela porta da frente. Se criativamente os reis do punk deixavam a desejar, em termos de sonoridade o punch permaneceu intacto embora algumas guitarras soassem distantes dos três acordes de 20 anos antes – ‘culpa’ do produtor Daniel Rey.
Ficha Técnica:
Chrysalis/Radioactive Records – produzido por Daniel Rey
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
CJ Ramone – baixo, backing vocal
Marky Ramone – bateria
Edição Original (Chrysalis Records/Radioactive Records) Lado A:
01. I Don’t Want To Grow Up – 2:46 (Tom Waits/Kathleen Brennan)
02. Makin’ Monsters For My Friends – 2:35 (Dee Dee Ramone/Daniel Rey)
03. It’s Not For Me to Know – 2:51 (Dee Dee Ramone/Daniel Rey)
04. The Crusher – 2:27 (Dee Dee Ramone/Daniel Rey)
05. Life’s a Gas – 3:34 (Joey Ramone)
06. Take The Pain Away – 2:42 (Dee Dee Ramone/Daniel Rey)
07. I Love You – 2:21 (Johnny Thunders, Dee Dee Ramone) Lado B:
08. Cretin Family – 2:09 (Dee Dee Ramone/Daniel Rey)
09. Have a Nice Day – 1:39 (Marky Ramone/Skinny Bones)
10. Scattergun – 2:30 (C.J. Ramone)
11. Got A Lot To Say – 1:41 (C.J. Ramone)
12. She Talks To Rainbows – 3:14 (Joey Ramone)
13. Born To Die In Berlin – 3:32 (Dee Dee Ramone/John Carco) (com Dee Dee Ramone)
Versão em K7
Versão em CD
O disco foi lançado na Inglaterra em edição especial com as 13 músicas da edição original + Bônus:
14 R.A.M.O.N.E.S. (Kilmister, Burston, Campbell, Taylor) [Cj on vocals]
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 13 músicas da versão original e a segunda parte da coletânea Hey! Ho! Let’s Go! Anthology com 16 músicas:
Primeiro registro de estúdio da banda com a participação do baixista CJ Ramone (inclusive cantando em Main Man e Strenght to Endure), Mondo Bizarro foi gravado nos estúdios Baby Monster e Magic Shop, lançado em 1º de setembro de 1992 e produzido por Gary Kurfirst e Ed Stasium (o mesmo de Leave Home, Rocket to Russia e Too Tought to Die, entre outros).
George DuBose ficou mais uma vez encarregado pela capa, inspirado em The twelve dreams of dr sardonicus da banda Spirit.
O disco, por um lado, representa o esgotamento criativo da banda que nos últimos cinco anos lançara apenas um álbum de estúdio enquanto três coletâneas e um disco duplo ao vivo viram a luz do dia no mesmo período.
Com Joey precisando cada vez mais se apoiar em parcerias para compor sua cota de músicas (como Andy Shernoff, ex-Dictators), a banda acabou apelando ao ex-baixista Dee Dee Ramone que comparece com três sons, por sinal as melhores do bolachão (Strenght to Endure, Main Man e Poison Heart). Dee Dee enfrentava problemas com a justiça e vendeu os direitos destas músicas pelo suficiente para poder contratar um advogado.
Marky, que passara a compor e vinha trabalhando em algumas canções desde 1990, contribui com a rápida Anxiety e os The Doors cedem Take It As It Comes mantendo a tradição de versões ramonianas. A única música em que Joey dispensa parceria é em Touring, resgatada do fundo do baú – sobra das sessões de estúdio de Pleasant Dreams de 1981 a exemplo de Can’t Get You Outta My Mind incluída em Brain Drain de 1989.
De outro lado, o álbum foi responsável por vendas consideráveis e um disco de ouro no Brasil além de trazer uma mudança importante já que Joey dava lugar a CJ nos vocais em duas músicas. Censorshit fazia uma crítica irônica a Tipper Gore (líder do PMRC, responsável pelos selos de aviso aos pais impresso na capa dos discos e que alertavam sobre o conteúdo das músicas).
Daniel Rey não atuou como produtor desta vez mas se fez presente ajudando a compor cinco músicas incluindo Tomorrow She Goes Away e Heidi is a Headcase (a doença mental sempre foi um tema recorrente nas músicas do grupo).
Cabbies on Crack (inspirada em uma corrida de táxi em que Joey foi conduzido por um motorista doidão) e The Job That Ate My Brain completavam este que, se não é o melhor disco já feito pelos Ramones, dificilmente foi batido por outro da mesma época. Em 2004 o relançamento feito no Reino Unido trazia Spiderman como bônus.
Ficha Técnica:
Chrysalis/Radioactive Records – produzido por Ed Stasium e Gary Kurfirst
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
CJ Ramone – baixo, backing vocal
Marky Ramone – bateria
Edição Original (Chrysalis Records) Lado A:
01 “Censorshit” (Joey Ramone, Mickey Leigh) – 3:13
02 “The Job That Ate My Brain” (Marky Ramone, Garrett James Uhlenbrock) – 2:17
03 “Poison Heart” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) – 4:04
04 “Anxiety” (Marky Ramone, Garrett James Uhlenbrock) – 2:04
05 “Strength to Endure” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) – 2:59
06 “It’s Gonna Be Alright” (Joey Ramone, Andy Shernoff) – 3:20 Lado B:
07 “Take It As It Comes” (Jim Morrison/John Densmore/Robby Krieger/Ray Manzarek) – 2:07
08 “Main Man” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) – 3:29
09 “Tomorrow She Goes Away” (Joey Ramone, Daniel Rey) – 2:41
10 “I Won’t Let It Happen” (Joey Ramone, Andy Shernoff) – 2:22
11 “Cabbies on Crack” (Joey Ramone) – 3:01
12 “Heidi Is a Headcase” (Joey Ramone, Daniel Rey) – 2:57
13 “Touring” (Joey Ramone) – 2:51
Versão em K7
Versão em CD
O disco foi lançado na Inglaterra em edição especial com as 13 músicas da edição original + Bônus:
14 Spiderman (Harris/ Webster)
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 13 músicas da versão original, a íntegra de Brain Drain e She’s a Sensation e It’s Not My Place (Pleasant Dreams):
Singles:
Mais sobre o disco*:
*artigos publicados no jornal Zero Hora e nas revistas Bizz, Metal Head Especial nº 11 e General Especial.
Brain Drain é de longe o melhor disco dos Ramones nos anos 1980. Com a produção de Daniel Rey (Halfway to Sanity) e Jean Beauvoir (Animal Boy) a banda criou um álbum com participação massiva de Joey e Dee Dee nas composições (como há muito não acontecia) e com o suporte do próprio produtor Daniel Rey e de músicos do calibre de Andy Shernoff (ex-Dictators) principalmente substituindo Dee Dee no baixo.
Este disco, gravado no Sorcerer Sound Studios e lançado em 23 de Maio de 1989, marca também a volta de Marky ao estúdio. Ele havia ficado fora da banda desde o lançamento de Subterranean Jungle em 1983 e agora estava excursionando com a banda desde a saída de Richie.
O destaque, óbvio, é Pet Sematary (feita por Dee Dee sob encomenda para a trilha sonora do filme homônimo de Stephen King) embora não seja o único ponto alto. Gravada no New York’s Quad Recordings ela foi produzida pela dupla Rey/Beauvoir e lançada com o lado B Merry Christmas (I Don’t Wanna Fight Tonight).
Durante a produção, já é sabido, Joey e Johnny não se falavam. Daniel Rey levava as demos para casa para Joey aprendê-las e durante o dia o resto da banda fazia as gravações enquanto o vocalista registrava sua parte separadamente à noite.
As covers, deixadas de lado nos últimos álbuns, são aqui representadas por Palisades Park, versão para música de Freddy Cannon.
Can’t Get You Outta My Mind é sobra das gravações do álbum Pleasant Dreams e casou perfeitamente com o espírito de Brain Drain que tem ainda a satírica Merry Christmas e All Screwed Up, feita a oito mãos – mistura pop de Joey e a pegada hardcore de Johnny com letras inclusive de Marky.
Sem falar que Zero Zero UFO, Don’t Bust My Chops, Learn to Listen e Ignorance Is Bliss jogam o ouvinte mais desavisado a quilômetros de distância dos falantes. Em 2004 um relançamento no Reino Unido ganhou como bônus a música Pet Sematary editada por Bill Laswell (que trabalhou com Mick Jagger, PiL e Motörhead). Em 1989 a música chegou a ganhar videoclipe em duas versões: uma com cenas da banda em preto-e-branco perambulando em um cemitério e outra com cenas do filme de Stephen King em lugar destas).
A baixa é que em plena divulgação do disco, Dee Dee decidiu deixar a banda para seguir carreira como rapper. Após testar diversos baixistas, Christopher Joseph Ward (logo batizado CJ Ramone) é contratado e segue em turnê com o grupo além de participar dos clipes de Merry Christmas e I Believe in Miracles – onde lê-se, entre o nome de várias bandas, ‘DEE DEE OUT CJ IN’ deixando claro para os descontentes que a mudança não teria volta.
A capa de Pleasant Dreams (1981) emprestara inspiração do filme Museu de Cera (1953) e Too Tough To Die (1984) apoiou-se em uma cena de Laranja Mecânica (1971). Assim como o título de It’s Alive (1979) veio do filme de mesmo nome lançado em 1974. No caso de Brain Drain, a foto do encarte foi tirada de outro filme, O Homem com Dois Cérebros (1983) – Steve Martin interpreta um neurocirurgião que conversa por telepatia com o cérebro da amada.
Ficha Técnica:
Sire Records/Chrysalis – produzido por Jean Beauvoir, Bill Laswell e Daniel Rey
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Marky Ramone – bateria
Edição Original (Chrysalis Records) Lado A:
01. “I Believe in Miracles” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) 3:19
02. “Zero Zero UFO” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) 2:25
03. “Don’t Bust My Chops” (Dee Dee Ramone, Joey Ramone, Daniel Rey) 2:28
04. “Punishment Fits the Crime” (Dee Dee Ramone, Richie Stotts) 3:05
05. “All Screwed Up” (Joey Ramone, Andy Shernoff, Marky Ramone, Daniel Rey) 3:59
06. “Palisades Park” (Charles Barris) 2:22 Lado B:
07. “Pet Sematary” (Dee Dee Ramone, Daniel Rey) 3:30
08. “Learn to Listen” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone, Marky Ramone, Daniel Rey) 1:50
09. “Can’t Get You Outta My Mind” (Joey Ramone) 3:21
10. “Ignorance Is Bliss” (Joey Ramone, Andy Shernoff) 2:38
11. “Come Back, Baby” (Joey Ramone) 4:01
12. “Merry Christmas (I Don’t Want to Fight Tonight)” (Joey Ramone) 2:04
Prensagem Venezuelana
Prensagem da Sire
Versão em K7
Versão em CD
O disco foi lançado na Inglaterra em edição especial com as 12 músicas da edição original + Bônus:
13 Pet Sematary (Bill Laswell Version) 3:35
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 12 músicas da versão original, a íntegra de Mondo Bizarro e She’s a Sensation e It’s Not My Place (Pleasant Dreams):
Box Three Classic Albums contendo este disco, o álbum Ramones e a coletânea Greatest Hits:
Lançada em 31 de maio de 1988, Ramones Mania deveria ser uma coletânea com os maiores sucessos dos Ramones. Bem, para uma banda que nunca fez sucesso isto parece algo sem sentido. Talvez a melhor definição para este álbum seja mesmo ‘as melhores’ dos Ramones, deixando o tal sucesso de lado.
Com a saída de Richie, Marky havia voltado a assumir as baquetas livre dos problemas com álcool. Por outro lado, Joey era quem passava por problemas com bebida neste período mas mesmo assim a banda saiu em turnê por lugares menos prováveis que o habitual (Finlândia, Japão e América Latina).
Mais de 10 anos depois do lançamento do primeiro disco e com quase 15 na estrada era um bom momento para rever a carreira. Não que seja uma seleção definitiva (o box Anthology – Hey Ho Let’s Go atende melhor este propósito) pois apesar de incluir alguns lados B de singles (Sheena is a Punk Rocker, Needles and Pins, Howling at the Moon e a, inédita até então, Indian Giver), deixou de lado diversos outtakes e raridades que acabaram sendo lançadas somente nas reedições em CD da discografia de estúdio, feita pela Rhino em 2001 e 2002. Exemplo da ótima I Want You Around, disponível apenas na trilha sonora do filme Rock n’ roll high school, que foi deixada de fora.
O lançamento desta compilação é um bom sinal das qualidades e virtudes da banda. É uma boa dica de presente praquele vizinho chato que não conhece a banda e insiste em permanecer mergulhado em sua ignorância.
Mesmo assim, taí uma aula do que os Ramones fizeram de melhor. E o título não poderia ser outro. Uma referência à Beatlemania retratando a influência que os Ramones tiveram em outras bandas e que começavam a colher em forma de reconhecimento.
Ficha Técnica:
Sire Records – produzido por Ramones, Jean Beauvoir, Tony Bongiovi, Ritchie Cordell, Tommy Erdelyi, Graham Gouldman, Glen Kolotkin, Kevin Laffey, Craig Leon, Daniel Rey, Phil Spector, Ed Stasium, Dave Stewart
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Tommy Ramone/ Marky Ramone/ Richie Ramone – bateria
Edição Original (Sire Records) Lado A:
01 I Wanna Be Sedated (Joey Ramone) – Road to Ruin 02:29
02 Teenage Lobotomy (Dee Dee Ramone) – Rocket to Russia 02:00
03 Do You Remember Rock ‘n’ Roll Radio? (Joey) – End of the Century 03:50
04 Gimme Gimme Shock Treatment (Dee Dee, Johnny Ramone) – Leave Home 01:40
05 Beat on the Brat (Joey) – Ramones 02:30
06 Sheena Is a Punk Rocker (single version) (Joey) – Rocket to Russia 02:47
07 I Wanna Live (Dee Dee, Daniel Rey) – Halfway to Sanity 02:36
08 Pinhead (Dee Dee) – Leave Home 02:42 Lado B:
09 Blitzkrieg Bop (Tommy Ramone, Dee Dee) – Ramones 02:12
10 Cretin Hop (Tommy, Dee Dee, Johnny) – Rocket to Russia 01:55
11 Rockaway Beach (Dee Dee) – Rocket to Russia 02:06
12 Commando (Dee Dee) – Leave Home 01:50
13 I Wanna Be Your Boyfriend (Tommy) – Ramones 02:24
14 Mama’s Boy (Dee Dee, Johnny, Tommy) – Too Tough to Die 02:09
15 Bop ‘Til You Drop (Dee Dee, Johnny) – Halfway to Sanity 02:09
16 We’re a Happy Family (Joey) – Rocket to Russia 02:39 Lado C:
17 Bonzo Goes to Bitburg (Joey) – Animal Boy 03:57
18 Outsider (Dee Dee) – Subterranean Jungle 02:10
19 Psycho Therapy (Johnny, Dee Dee) – Subterranean Jungle 02:35
20 Wart Hog (Dee Dee) – Too Tough to Die 01:54
21 Animal Boy (Dee Dee, Johnny) – Animal Boy 01:50
22 Needles & Pins (single edit) (Sonny Bono, Jack Nitzsche) – Road to Ruin 02:20
23 Howling at the Moon (Sha–La–La) (single edit) (Dee Dee) – Too Tough to Die 03:25 Lado D:
24 Somebody Put Something in My Drink (Richie Ramone) – Animal Boy 03:23
25 We Want the Airwaves (Joey) – Pleasant Dreams 03:20
26 Chinese Rock (Dee Dee, Richard Hell) – End of the Century 02:28
27 I Just Wanna Have Something to Do (Joey) – Road to Ruin 02:41
28 The KKK Took My Baby Away (Joey) – Pleasant Dreams 02:31
29 Indian Giver (Ritchie Cordell, Bobby Bloom, Bo Gentry) – lado B no single britânico “A Real Cool Time” 02:47
30 Rock ‘n’ Roll High School (stereo movie mix) (Joey) – End of the Century and Rock ‘n’ Roll High School soundtrack
Versão em K7
Versão em CD
Edição Pirata Brasileira:
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía 21 músicas extraídas da versão original e a íntegra de Animal Boy:
Singles:
Mais sobre o disco*: *artigo publicado na revista Metal Head Especial nº 11.
Gravado no Intergalactic Studios e lançado em 15 de Setembro de 1987, Halfway to Sanity fecha a trinca de discos hardcore capitaneados por Johnny, embora ele já tivesse desistido de seguir carreira. Na verdade, ele estava pronto para aposentadoria do que considerava um emprego desde o lançamento de End of the Century.
Conscientes que o sucesso era um objetivo cada vez mais distante, a banda optou pelo produtor e fã da banda, Daniel Rey que não conseguiu fazer muito melhor que seus antecessores. Prova da pouca criatividade da banda é que Johnny que fazia oposição às contribuições do baterista por ele não ser um dos membros originais abriu mão deste conceito e concordou com a contribuição de Richie com duas músicas. O número de contribuições que totalizam quase metade do disco também sinalizam nesta direção.
O ponto alto fica por conta de Bop ‘Til You Drop, I’m not Jesus e da balada sessentista Bye Bye Baby. Apesar dos problemas criativos, a banda abriria mão novamente de incluir uma versão de outra banda optando apenas por canções autorais (aliás, nenhum dos três discos em que Richie participou contem covers). A pérola do álbum é I Wanna Live, talvez a melhor música feita por eles.
A música teve direito a single lançado em um boxset na Inglaterra pela Beggars Banquet e videoclipe (com imagens da banda tocando ao vivo e se deslocando de um lugar para outro).
Garden of Serenity, cantada roucamente por Joey, fazia coro ao título do álbum embora as pessimistas Worm Man e I Lost My Mind (hardcores na linha do disco anterior) apontassem no caminho oposto.
A função de clicar a banda para a capa do disco ficaria novamente nas mãos de George DuBose que flagrou o quarteto em frente a um restaurante chinês. Seria mais um disco que, com uma foto escura, falharia em vender a banda.
Se a parte artística não ia de vento em popa, a relação entre os integrantes também não era das melhores. Dee Dee investia em uma carreira solo como rapper e Richie exigia maior participação no resultado financeiro com a venda de camisetas.
Ao menos Joey participou mais do processo criativo que nos álbuns anteriores. Com o sucesso inalcançável àquela altura, restaria ao grupo expandir sua atuação à América do Sul (Brasil e Argentina em especial) e países como a Finlândia, com fãs ávidos e que ofereceriam o respeito que lhes era devido.
Ficha Técnica:
Sire Records/Beggars Banquet – produzido por Daniel Rey
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Richie Ramone – bateria
O nono álbum de estúdio dos Ramones começou a ser gravado em dezembro de 1985 no Intergalactic Studios e foi oficialmente lançado em 19 de maio de 1986. Era o segundo álbum com Richie nas baquetas e, a exemplo de Too Tough to Die, foi dominado pelas composições de Dee Dee.
Joey novamente contribuiria com apenas duas músicas e uma parceria com Dee Dee e o produtor Jean Beauvoir – Bonzo Goes to Bitburg que teve seu título alterado para My Brain Is Hanging Upside Down pois Johnny queria evitar uma crítica aberta ao então presidente americano Ronald Reagan.
A sequência inicial é harcore puro com Somebody Put Something in my Drink (escrita por Richie e uma das melhores músicas da história da banda), Animal Boy e Love Kills (que soa como se tivesse sido extraída do disco anterior e era uma homenagem de Dee Dee ao seu amigo e também baixista Sid Vicious que morrera de overdose). A idéia inicial era utilizar a música na trilha sonora do filme de mesmo nome que narrava a relação entre o ex-Sex Pistols e Nancy Spungen. Dee Dee acabou brigando com o diretor Alex Cox e a música foi deixada de lado.
I Don’t Want To Live This Life (Anymore) também homenageava o casal mas acabou não aparecendo em Animal Boy. Acabaria incluída no labo B de Crummy Stuff no boxset End of the Decade do selo independente Beggars Banquet junto com outros singles.
Apeman Hop completa a temática animal boy e temas recorrentes nos primeiros discos como problemas mentais (Mental Hell) e personagens desajustados (Freak of Nature) voltam a cena. Something To Believe In fecha, de forma bastante otimista, o pacote.
O álbum repetiria o feito de Pleasant Dreams contendo apenas canções autorais. Para divulgação a banda ainda contou com o clipe de Something to Believe In satirizando os vídeos de caridade de mega astros como Michael Jackson. Para capa novamente foi usada uma foto de George DuBose que clicou os Ramones ao lado de Legs McNeil, autor de Mate-me por favor, fantasiado de macaco.
Ficha Técnica:
Sire Records/Beggars Banquet – produzido por Jean Beauvoir
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Richie Ramone – bateria
Edição Original (Sire Records) Lado A:
01 “Somebody Put Something in My Drink” (Richie Ramone) – 3:23
02 “Animal Boy” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:50
03 “Love Kills” (Dee Dee Ramone) – 2:19
04 “Apeman Hop” (Dee Dee Ramone) – 2:02
05 “She Belongs to Me” (Dee Dee Ramone, Jean Beauvoir) – 3:54
06 “Crummy Stuff” (Dee Dee Ramone) – 2:06 Lado B:
07 “My Brain Is Hanging Upside Down (Bonzo Goes to Bitburg)” (Joey Ramone, Dee Dee Ramone, Jean Beauvoir) – 3:55
08 “Mental Hell” (Joey Ramone) – 2:38
09 “Eat That Rat” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:37
10 “Freak of Nature” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:32
11 “Hair of the Dog” (Joey Ramone) – 2:19
12 “Something to Believe In” (Dee Dee Ramone, Jean Beauvoir) – 4:09
Prensagem Alternativa Sire
Prensagem Beggars Banquet
Versão em K7
Versão em CD
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 12 músicas da versão original e 21 canções extraídas da coletânea Ramones Mania:
Singles:
Mais sobre o disco*:
*artigos publicados na revista Metal Head Especial nº 11 e General Especial.
O período de transição entre Subterranean Jungle e o oitavo disco de estúdio dos Ramones, Too Tough to Die foi bastante conturbado. A banda acabara de lançar uma sequência de álbuns fracos e sem identidade e para piorar, durante a pós-produção de Subterranean Jungle o guitarrista Johnny Ramone decidira demitir Marky e chamar Richie Reinhardt (Richie Ramone) para assumir as baquetas.
Em agosto de 1983 Johnny meteu-se em uma briga e acabou no hospital com o crânio fraturado o que o deixou fora de ação por quase dois meses. Passado este período, já em 1984, a banda começou a produção de Too Tough to Die no Media Sound Studio sob a batuta de Tommy Ramone e Ed Stasium, responsáveis por Leave Home e Rocket to Russia.
Exceção feita para pegada pop de Chasing the Night e da ótima Howling at the Moon (canção de Dee Dee falando sobre maconha) o restante do álbum faz parte do plano de Johnny de provar, para recém surgida cena hardcore, que ninguém conseguiria soar mais rápido e impactante do que os Ramones.
O título (duro demais para morrer) representava a disposição da banda em não se entregar (assim como cantado na crítica I’m Not Afraid of Life), dez anos depois dos primeiros ensaios, e é uma menção ao incidente que envolvera o guitarrista. O baixista Dee Dee Ramone contribui com dois terços das músicas e ainda cantou em outras duas (quatro se considerarmos as demos de Planet Earth 1988 e Too Tough to Die que foram incluídas nos extras do cd em 2002 junto com outras demos e as inéditas Smash You, Out of Here e Street Fighting Man, cover dos Rolling Stones).
Em sua estréia no estúdio, Richie contribui com Humankind enquanto Joey viu sua cota como letrista ficar restrita uma canção e duas colaborações. Mas seu papel enquanto vocalista é determinante para o resultado do álbum. Seus vocais gritados complementam as guitarras rápidas e a bateria de Richie bem ao estilo hardcore californiano.
A capa é um excelente trabalho de George DuBose – homenagem ao filme Laranja Mecânica assim como a música Durango 95 – única instrumental na carreira da banda e que passaria a ser o tema de abertura nos shows.
O contrato recém renovado com a Sire/Warner Brothers previa que não seriam lançados singles no mercado americano, o que desagradou Joey. Para a distribuição no Reino Unido foi firmado um contrato com a britânica Beggars Banquet que mais tarde compilaria os singles em um box intitulado End of the Decade.
Too Tought to Die, lançado em 1º de outubro de 1984, iniciaria uma sequência de álbuns de hardcore da banda e representaria a retomada do rumo, perdido nos últimos trabalhos. Prova disto é a dobradinha de Dee Dee (vocais) e Richie (nos backing vocals) em Wart Hog.
Ficha Técnica:
Sire Records/Beggars Banquet – produzido por Tommy Ramone e Ed Stasium
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Richie Ramone – bateria
Edição Original (Sire Records) Lado A:
01 “Mama’s Boy” (Johnny Ramone, Dee Dee Ramone, Tommy Ramone) – 2:09
02 “I’m Not Afraid of Life” (Dee Dee Ramone) – 3:12
03 “Too Tough to Die” (Dee Dee Ramone) – 2:35
04 “Durango 95” (Johnny Ramone) – 0:55
05 “Wart Hog” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:54
06 “Danger Zone” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 2:03
07 “Chasing the Night” (Busta Cherry Jones, Joey Ramone, Dee Dee Ramone) – 4:25 Lado B:
08 “Howling at the Moon (Sha-La-La)” (Dee Dee Ramone) – 4:06
09 “Daytime Dilemma (Dangers of Love)” (Joey Ramone, Daniel Rey) – 4:31
10 “Planet Earth 1988” (Dee Dee Ramone) – 2:54
11 “Humankind” (Richie Ramone) – 2:41
12 “Endless Vacation” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:45
13 “No Go” (Joey Ramone) – 3:03
Prensagem Alternativa Sire
Prensagem Beggars Banquet
Prensagem Escandinava
Prensagem Alemã
Versão em K7
Versão em CD
Edição da Rhino em CD de 2002
As 13 músicas da edição original + Bônus:
14 “Street Fighting Man” (Mick Jagger, Keith Richards) – 2:56
15 “Smash You” (Richie Ramone) – 2:23
16 “Howling at the Moon (Sha-La-La)” (Demo Version) (Dee Dee Ramone) – 3:17
17 “Planet Earth 1988” (Dee Dee vocal version) (Dee Dee Ramone) – 3:02
18 “Daytime Dilemma (Dangers of Love)” (Demo Version) (Joey Ramone, Daniel Rey) – 4:06
19 “Endless Vacation” (Demo Version) (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 1:46
20 “Danger Zone” (Dee Dee vocal version) (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 2:07
21 “Out of Here” (Ramones) – 4:10
22 “Mama’s Boy” (Demo Version) (Johnny Ramone, Dee Dee Ramone, Tommy Ramone) – 2:15
23 “I’m Not an Answer” (Ramones) – 2:16
24 “Too Tough to Die” (Dee Dee vocal version) (Dee Dee Ramone) – 2:35
25 “No Go” (Demo Version) (Joey Ramone) – 3:05
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 13 músicas da versão original e a íntegra de Subterranean Jungle e outras 4 músicas bônus (Teenage Lobotomy, She’s The One, I Can’t Make it On Time e Chinese Rock):
Singles:
Tributos dos Mcrackins e de John Cougar Concentration Group regravando o disco na íntegra:
Mais sobre o disco*:
artigos publicados na revista Metal Head Especial nº 11 e General Especial.
Gravado no Kingdom Sound Studio, Subterranean Jungle é um disco de transição repleto de particularidades. Se em Pleasant Dreams nenhuma cover havia sido incluída, desta vez eles compensariam com três delas (quatro, se considerarmos Indian Giver que fez parte daquelas sessões mas ficou de fora disco). Número superado apenas por Acid Eaters (1993) sendo que destas, duas abrindo o álbum.
A sonoridade hard rock lembra pouco os Ramones do começo e o disco acaba encerrando, de forma melancólica, a terceira fase da banda na qual eles buscavam uma identidade. Aponta para os discos que viriam a seguir, com uma pegada mais hardcore, mas reflete um pouco da crise que a banda enfrentava.
Para a capa, por exemplo, Johnny escolheu a dedo o lugar onde Marky seria clicado – o baterista ainda não sabia mas a decisão de demiti-lo por conta dos problemas com álcool já havia sido tomada. Marky aparece deslocado do restante da banda, olhando pela janela de um vagão.
A foto da capa, mais uma estranheza pro currículo da banda, foi feita em um vagão no fim da linha dos trens. A fotografia de George DuBose foi depois alterada para inclusão dos grafites que, assim como o som da banda, soaram muito artificiais.
Assim como as versões (Little Bit O’ Soul do Music Explosion, Time Has Come Today dos The Chambers Brothers e I Need Your Love dos Boyfriends) as músicas autorais, como a balada de Joey, My-My Kind of a Girl, não funcionaram tão bem como nos discos Rocket to Russia ou Road to Ruin.
Exceção feita para Outsider, Time Bomb e Psycho Therapy (parceria entre Johnny e Dee Dee que a partir de então teria lugar garantido em todos os shows) o restante dos sons fica muito aquém do que se esperava da banda. Para complicar um pouco mais, o surgimento de bandas de harcore mais rápidas e mais barulhentas ameaçava o reinado dos reis do punk.
Logo após as gravações Marky acabou substituído por Richie Reinhardt (Richie Ramone) que imediatamente passou a excursionar com a banda fazendo seu primeiro show em 13 de fevereiro de 1983. O disco foi lançado 15 dias mais tarde e os clipes de divulgação do álbum (Psycho Therapy e Time Has Come Today) já contariam com Richie na batera.
Ficha Técnica:
Sire Records – produzido por Ritchie Cordell
Joey Ramone – vocal
Johnny Ramone – guitarra
Dee Dee Ramone – baixo, backing vocal
Marky Ramone – bateria
Edição Original (Sire Records) Lado A:
01 “Little Bit O’ Soul” (Carter, Lewis) – 2:43
02 “I Need Your Love” (Bobby Dee Waxman) – 3:03
03 “Outsider” (Dee Dee Ramone) – 2:10
04 “What’d Ya Do?” (Joey Ramone) – 2:24
05 “Highest Trails Above” (Dee Dee Ramone) – 2:09
06 “Somebody Like Me” (Dee Dee Ramone) – 2:34 Lado B:
07 “Psycho Therapy” (Dee Dee Ramone, Johnny Ramone) – 2:35
08 “Time Has Come Today” (Willie Chambers, Joseph Chambers) – 4:25
09 “My-My Kind Of A Girl” (Joey Ramone) – 3:31
10 “In The Park” (Dee Dee Ramone) – 2:34
11 “Time Bomb” (Dee Dee Ramone) – 2:09
12 “Everytime I Eat Vegetables It Makes Me Think Of You” (Joey Ramone) – 3:04
Prensagem Alternativa Sire
Prensagem WEA
Versão em K7
Versão em CD
Edição da Rhino em CD de 2002
As 12 músicas da edição original + Bônus:
13 “Indian Giver” (Original) (Bobby Bloom, Ritchie Cordell, Bo Gentry) – 2:45
14 “New Girl in Town” – 3:33
15 “No One to Blame” (demo) – 2:24
16 “Roots of Hatred” (demo) – 3:36
17 “Bumming Along” (demo) – 2:20
18 “Unhappy Girl” (demo) – 2:20
19 “My-My Kind of Girl” (demo acústico) (Joey Ramone) – 3:10
O disco fez parte ainda de uma compilação dupla que incluía as 12 músicas da versão original e a íntegra de Too Tough To Die e outras 4 músicas bônus (Teenage Lobotomy, She’s The One, I Can’t Make it On Time e Chinese Rock):
Singles:
Tributo dos Tip Toppers regravando o disco na íntegra:
Mais sobre o disco*:
artigos publicados na revista Metal Head Especial nº 11 e General Especial.
carames 14:19 em 05/11/2014 Link Permanente |
Mais sobre os Ramones: https://sequelacoletiva.wordpress.com/hey-ho-lets-go-ramones-forever/